sábado, 28 de fevereiro de 2009

Em Varadero...O descanso dos guerreiros...:P

Depois da experiência em Havana, partimos para os reais dias de descanso em Varadero. As praias são magnificas e tem tudo o que existe no paraíso...Dolce Fare Niente, muitos coqueiros, o que significa cocos partidos no momento e que são óptimos para tirar o calor, água transparente a 27 graus (ou mais), areia branca, muita comida, o mercado de Varadero, corais, muitos peixes para ver, golfinhos, ilhas paradisiacas e muito muito sol e bronze!!!! Tudo futilidades a que os cubanos estão habituados mas infelizmente não tiram partido como nós, os turistas...

Os 4 dias serviram para descansar mais ou menos dos 3 em Havana...não fizemos nada a não ser apanhar sol e comer...ah fomos a Cayo Blanco, recomendo vivamente a viagem de catamaran, com paragem para nadar com os golfinhos e depois na ilha de Cayo para comer a bela lagostinha... Ficam algumas fotos:
Á noite,não deixem de ir ao mambo Club, isto se se quiserem encontrar uma mistura significativa de cubanos e pessoas de todas as nacionalidades possiveis!!! Até ensinam a salsa aos mais leigos na matéria...
No último dia estávamos calmamente a fazer uma caminhada pela costa, quando fomos novamente abordádos por um Cubano que tinha mais ou menos a nossa idade, que nunca mais nos largou enquanto não conseguiu saber todas as curiosidades que tinha da vida que tinhamos no "estrangeiro", uma vez que o acesso a informação que eles têm lá, é mesmo muito limitado...apenas podem sair do país para estudar ou casar, segundo ele nos disse... assim fizemos um novo amigo, cujos olhos brilharam quando voltámos a ir ter com ele com algumas ofertas: um baton para a irmã, uma tshirt para ele, e umas embalagens de gel de banho e shampoo...tão pouco que é preciso para fazer alguém feliz!!!! Aqui está uma foto nossa com ele e com o maior cacto cubano, que gentilmente ele nos levou a ver:
Foi uma viagem entre amigos, com muita diversão e descanso, e principalmente, uma grande aprendizagem sobre uma cultura muito própria e que nos suscitou tantas curiosidades!!! Se tiverem oportunidade de lá ir, não a deixem fugir...Eu concerteza voltarei lá um dia destes...

LA Habana

Em Maio de 2007, fiz uma das viagens que nunca mais esquecerei com 2 grandes amigos. Há muito que desejava conhecer Cuba e nada melhor que uma viagem de grupo para o fazer. O 1º destino foi Havana...
No dia seguinte á chegada, fomos numa daquelas "excursões" organizadas pelo Hotel onde ficámos e que não é mau para uma 1º abordagem à cidade...para o necessário reconhecimento do local. Depois desta, onde nos levaram aos sítios principais e mais turísticos, decidimos no dia seguinte partir sozinhos á descoberta...Não foi preciso muito para nos apercebermos que estávamos perante um povo amoroso...de uma simplicidade e simpatia incríveis...comprovámos com os nossos próprios olhos e vivência, tudo o que já nos tinham dito do povo cubano. As pessoas com que nos cruzávamos não ficavam indiferentes, sempre com um sorriso dirigido a nós...O senhor da foto fazia anos e gentilmente "ofereceu-se" para uma foto connosco...óbvio que tivemos que lhe dar 1 dólar...



Apanhámos um autocarro até ao centro da cidade e não foram precisos 5 minutos para que um senhor na casa dos 50 anos nos abordasse para se "oferecer" para nos mostrar a cidade. Chamava-se Lázaro e para além da sua profissão fazia este biscate para ganhar mais uns trocos...a verdade é que as gorjetas que os turistas lhe davam eram o seu modo de sustento da família, com vários filhos na escola...ainda pensámos 2 vezes se havíamos de ir com ele, mas em Cuba a criminalidade é nula, por isso depressa decidimos arriscar...Aqui fica uma foto do Lázaro e se forem a Cuba é o melhor guia que alguém pode encontrar...
Com ele partimos numa "viagem" de descoberta por todos os sítios típicos e não típicos, demos a volta a Havana Vieja, andar), etc...Passámos por ruas e ruelas, com dezenas de cubanos encostados á parede, mas que simplesmente olhavam para nós, com as

máquinas fotográficas na mão e câmara de filmar, mas segundo nos disseram em todas as ruas existem controles das pessoas que estão que por isso a criminalidade é nula!!!
Continuando o nosso roteiro do dia, em cada local que entrávamos tínhamos que beber....ora porque era costume, ora porque era a bebida típica...foi uma tarde bem regada e de grande misturada, com daiquiris, mojitos, guarapos e que quando terminou, quase nem sabíamos como nos chamávamos...:)

Por Havana Vieja, encontramos cenas caricatas, e as imagens falam por si...Sim o cão tinha chapéu, óculos, relógio e etc...e estava mesmo a cantar ao som da música do cubano...tudo o que renda mais uns trocos para um povo que tem que usar mesmo a imaginação para conseguir ter dinheiro para comer... O que vêm na foto em baixo são mesmo fraldas DESCARTÁVEIS...mas estendidas e prontas a reutilizar...


Passámos na fábrica de charutos, mas logo o Lázaro nos disse para não comprar nada lá, porque íamos a casa de um amigo que nos vendia mais barato...acabámos no Bairro Chinês, em casa de um negro de 2 metros, com dente de ouro e trabalhador na Fábrica de Charutos...Outra das formas de rendimento que eles têm é vender aos turistas as caixas que a fábricas lhes dá semanalmente (atenção que estas tinham selo, não comprem sem ele!!!)...
Levou-nos á Floridita, ao Hotel Ambos Mundos ( que tem uma vista fantástica do último a Bodeguita, o Buena Vista Social Club (onde se reunem músicos e intelectuais cubanos, e onde tivemos o privilégio de aperfeiçoar a nossa salsa!!!!)

Os programas nocturnos em Havana foram variados, fomos ao Havana Café, onde assistimos a um espectáculo de cabaret:

Fomos também ao famoso Tropicana, onde apanhámos uma real chuvada tropical, visto ser ao ar livre...plano B...passaram-nos para uma sala interior a cheirar a mofo, onde vimos parte do espectáculo..Resumindo: que banhada!!!!!E assim acabámos essa noite,, mas com uma nova amiga! A garrafa de rum...

Adorei conhecer Havana e toda a sua envolvência...por todos os cantos existe música, salsa e boa disposição...A não perder...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Macau, a ex-colónia portuguesa

Saindo, aparentemente da China, através de Hongkong, chegava então a Macau. Desta vez seria eu a retribuir a visita ao meu amigo Luis.
Cidade onde se fala o Cantão, língua arcaica chinesa ainda presente na região sul da China e em Taiwan.
Esta é uma cidade totalmente diferente àquelas que encontramos na China propriamente dita, não existe comparação possível. Desde a pluralidade racial, à arquitectura, muitas são as coisas que divergem nesta cidade peculiar.
Com um ritmo infernal de dia e de noite, em Macau há sempre algo para fazer. Nem que seja ir ao Casino...
Duas são as coisas que marcam este país, os casinos e a prostituição. Há casinos por toda a parte, e as prostitutas até lá estão dentro. Existem ruas onde se pode observar "meninas" provenientes de quase toda a parte do mundo. Brasil, Rússia, Filipinas, Mongólia, Vietnam, etc... Existem ainda bordeis, alguns simples, outros de luxo, onde se pode observar ainda mais diversidade. A prostituição em macau também tem catálogo, existem catálogos com fotografias em que podemos escolher a senhora e chamá-la a casa para o servicinho...

Bom, modernices à parte, Macau possui uma gastronomia fantástica. Devo confessar que foi onde melhor comi, em toda a região chinesa. É também um local de extrema boémia, onde se faz amizade com muita facilidade, onde podemos conhecer imensas culturas. É um sitio de Erasmos muito grande. Conheci alunos de Erasmus do Brasil, Holanda, Portugal, Japão e até do Azerbeijão...

Aqui estão alguns das simpáticas pessoas que conheci, na minha passagem por Macau.
E aqui, logo abaixo, os meninos que pensavam ir para a festa do chapéu...

Mas Macau não é só festas, prostituição e casinos. Tem também monumentos, muitos deles coloniais, sendo o principal e mais conhecido, a ruína de São paulo.

Muitos mais haveria para mostrar. O melhor será visitar Macau. É uma cidade asiática onde nos podemos sentir em Portugal. Só estando lá é que podemos confirmar isso...

Shaoxing

Num fim-de-semana, e como combinado, o Luis (grande amigo de infância), veio ter cmg de Macau para darmos um passeio. Demos umas voltas em Hanzhou visitando o Feilai Feng, entre outras coisas. Decidimos também, ir a Shaoxing, "pequena" terra conhecida de onde é originário o grande poeta chinês, Lu Xun.

Fomos então com a minha amiga intérprete Xu lin, que amavélmente dispendeu de um dia para passear connosco. Foi um dia muito giro e animado, em que tivemos a oportunidade de relaxar profundamente e conversar abertamente sobre vários assuntos.
Chegando à cidade antiga, deparámo-nos com uma cidade completamente arranjada, que poderia muito bem ser nova, mas com arquitectura antiga. A aldeia era uma pseudo-Veneza, possuindo alguns canais onde podiamos passear... Foi o que fizemos!

Uma volta muito pequena, cerca de 5 minutos que apenas valeu pela figura do senhor e pela perspectiva que nos deu da aldeia.

Após esta "demonstração" demos então uma volta pela aldeia. Passamos por antigas casas de comercio, a casa do poeta, jardins de bonsais, etc. Após cerca de 2 horas, saímos em direcção ao parque de Keyan. Um zona com paisagens lindíssimas...

Esculturas gigantes incrustadas em rochas. É um Buda realmente magnífico. Entre grandes obras chinesas, viam-se também grandes obras da natureza...

Em suma foi mais uma agradável viagem na descoberta da China. Tudo isto graças a incansável Xu lin...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Huangshan - As Montanhas Amarelas

De forma espontânea e simples fui convidado pelos meus recentes amigos americanos, muito gentis por sinal, a fazer uma viagem de 3 dias às montanhas amarelas. Disse logo que sim, uma vez que era raro ter companhia para fazer visitas, principalmente,se estas fossem distantes da cidade de Hangzhou.
Saímos muito cedo, juntamente com a intérprete dos americanos, que nos ajudou imenso em quase tudo...

Após uma viagem de cerca de 7h de autocarro, em que 2h foram passadas a atravessar as regiões montanhosas da província de Anhui, chegámos finalmente à última cidade, antes da entrada oficial das montanhas amarelas.
Era uma cidade muito estranha, com uma construção horrivel e confusa, e em que só pareciam existir "pseudo-hoteis" e pequenos comércios, que vendiam desde roupa, a noodles secos prontos a cozinhar... Como chegámos tarde a esta cidade, decidimos ficar lá a dormir. Devo dizer que foi, talvez, umas das minhas piores experiências num "hotel". Chegamos a este sítio, que é impossível descrever e acomodámonos em dois quartos. Cada quarto tinha uma casa de banho e três camas, um quarto era para os homens e outro para as mulheres. Depois de um dia de viagem, cansados, transpirados e ansiosos por um bom banho e uma boa cama, nada melhor do que um duche para preparar o dia seguinte. Não havia toalhas!
Saí do quarto e dirigi-me à nossa intérprete para que ela pedisse umas toalhas de banho. Esperei um pouco... E passado algum tempo lá vem ela com uma coisa na mão, era a toalha! Um pano fino mais pequeno do que uma toalha de lavar as mãos, esta era a toalha de banho do "hotel". Devem então compreender que não foi com a toalha que me sequei mas sim com o tempo da noite chuvosa e ventosa dessa noite...
Se dormi? sim, depois de toda aquela viagem e dos episódios vividos nesse dia, nada nos podia impedir de dormir...
Dia seguinte - Desde cedo apanhámos um taxi que nos levo até à entrada das montanhas amarelas, pagámos 200rmb (cerca de 20€, caríssimo para os chineses) para entrar e súbimos em teleférico até ao topo das montanhas.

Neste início de vísita o tempo estava terrível, tempo este que se prolongou durante todo o dia e que não permitiu que víssemos tudo aquilo que havia para ver...


È claro que mesmo assim, o charme das montanhas amarelas não se perde e, em algumas ocasiões, torna-se ainda mais interessante... Foi um dia desgastante, percorrendo grande parte do parque, subindo e descendo escadas, muito cansativo. Fomos procurar um sitio onde dormir no interior do parque das montanhas amarelas. Isto foi o que encontrámos... Um quarto para cerca de 12 pessoas.

Uma experiência inesquecivél, 12 pessoas transpiradas, suadas, num pequeno quarto com um pequeno exaustor situado em cima de um beliche. É claro que o cheiro de todo um dia de passeio, que emanava de 12 pares de ténnis, se sobrepunha aquele pobre exaustor que, o melhor que conseguia fazer, era barulho para impedir que o meu amigo americano (situado logo abaixo do aparelho) conseguisse dormir.
Na manhã seguinte, exaustos, partimos para o segundo dia de passeio. Neste dia tivemos acesso a outra versão das montanhas amarelas. O céu limpo, sem uma única nuvem, deixou-nos contemplar todas aquelas magníficas paisagens.


Neste dia, o último nas montanhas amarelas, descemos tudo a pé para usufruir ao máximo desta fantástica região montanhosa. Com tanto calor, foi-nos valendo os vendedores de pepinos (optimos para retirar a sede) e laranjas que perdidos nas montanhas, iam vendendo algumas coisas úteis.
Continuámos no passeio, cruzando-nos com os corajosos chineses que transportavam as malas dos turistas "ricos", de forma heróica

lá iam eles subindo, em direcção aos hoteis, enquanto nós desciamos em direcção à saída das montanhas. Pelo caminho lá iamos vendo coisas lindas...


Em conclusão, se forem à China não percam Huangshan, é divinal!!!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

No interior da China - Hangzhou

Hangzhou,

A primeira cidade da China que conheci, a primeira que me acolheu e a mais bonita que acabei por visitar.
Foi nesta cidade que estudei, que passei momentos sozinho, onde me inseri na cultura chinesa, foi aqui que fiz amizades.

Hangzhou é uma cidade com muita história, ela remonta há mais de 4,700 anos, tempo da cultura Liangzhu.
A cidade propriamente dita foi estabelecida no período da Primavera e Outono (entre 770 a.c. e 475 a.c.). Nestes tempos antigos, a cidade teve outros nomes; como Qiantang e Yuhang.
Talvez o período mais próspero desta cidade foi o das 5 dinastias (entre 907 e 960), época na qual foi designada capital do império Chinês.

Hoje Hangzhou é uma cidade túristica, de uma beleza inegualável, talvez das cidades mais bonitas da China. Muita da emigração Chinesa provém da capital de Zhejiang (província), Hangzhou.
Conhecida pelo seu enorme e fantástico lago, o Xihu,                  
esta cidade é uma relíquia do ponto de vista cultural, tendo vários pagodes, mosteiros assim como esculturas difundidas na natureza, como é o caso de Feilai Feng.
Feilaifeng, situado ao lado do templo Lingyin (o templo mais conhecido em Hangzhou), consiste numa zona rochosa, toda ela recheada de esculturas incrustadas nas próprias rochas. São mais de 300, as esculturas vísiveis neste local maravilhoso.É impossível descrever a sensação neste local, mas possívelmente todos já sentiram algo parecido. Acontece quando visitamos um local nunca visto, e quando nos surpreendemos com a grandesa daquilo com que nos deparamos. Este local é o resultado da devoção e da fé budista, que durante várias décadas criou esta obra de arte.

Avançando na descoberta desta cidade a 180km a sul de Shanghai e com cerca de 6,4 milhões de habitantes, descobre o Lei feng datado de 975, período dos 10 reinos. É um pagode magestoso e imponente, tanto pelo que representa (Foi feito para festejar o nascimento do filho de Huang Fei) e pela sua estrutura arquitétónica, como também pela sua localização extraordinária.

Mas para quem pensa que não há mais nada para ver, está bem enganado. Hangzhou tem muito mais para ver...
Situado numa montanha, o Dreaming of the Tiger Spring, é um extraordinário feito de um monge, que após ter um sonho com a chegada de dois tigres, decidiu  refugiar-se nesta montanha, onde hoje existe um pequeno mosteiro, uma bonita representação do seu sonho e um pequeno miradouro no topo da montanha (com mais de 1000 degraus). É um local puro, silencioso, calmo, que transpira alegria, que se torna visível na representação do monge.


Este é mais um local agradável de visitar, até por no caminho até lá podemos acalmar o calor, degustando um bom ananás cortado à maneira chinesa.
Como já referido, são muitos os templos existentes nesta magnífica cidade, com uma vida nocturna agradável, restaurantes chineses, como é óbvio, assim como internacionais. É possível até encontrar pasteis de nata na china!!! Ou os portugueses estão realmente em todo o lado, ou então verifica-se a capacidade copiosa da China. De qualquer das maneiras é sempre agradável encontrarmos coisas comuns à nossa cultura num país tão distante.
Devo confessar que ao fim de umas semanas nos damos a sorrir para qualquer pessoa de aparência ocidental, que se cruze connosco, às vezes até, nos apresentamos e conversamos um pouco. Se a China é, por um lado, um país extraordinário em vários aspectos, não posso deixar de frisar, que na minha experiência, me apercebi que a personalidade fria e menos emotiva da sociedade chinesa, choca com a nossa, que às vezes eu tanto critico... Essa frieza, essa falta de calor, torna-nos carentes, e necessitados de FALAR, partilhar emoções, algo que eu não penso que seja fácil num país como a China.

Tempo agora de mostrar mais umas fotografias desat cidade extraordinária, o resto ficará por descobrir...